segunda-feira, 11 de abril de 2011

SEMANA SANTA


DOMINGO DE RAMOS         
Com ramos nas mãos, recordando a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém (cf. Lc 19,28-40), sendo aclamado rei pelo povo, a Igreja abre a Liturgia deste domingo. O Cerimonial dos Bispos (CB) salienta a duplo aspecto do Ministério Pascal de Cristo que convenientemente deve ser abordado na catequese deste dia (cf. CB 263), salientando que estamos inseridos na realidade pascal de Jesus, ou seja, sepultados para o pecado com Cristo, igualmente ressurgiremos para a eternidade em Deus.
É costume que nas comunidades haja apenas uma celebração com bênção e procissão dos ramos, no horário que for mais conveniente. As demais celebrações ocorrem sem esse momento de manifestação pública pelas ruas das comunidades.


QUINTA FEIRA SANTA            
No entardecer da Quinta-Feira Santa, incia-se o Tríduo Pascal, onde a Igreja revive os momentos derradeiros da vida de Nosso Senhor. Neste dia, celebra-se a Sagrada Ceia pela qual Cristo institui o Sacramento da Eucaristia. Amando os seus até o fim, Jesus antecipa sua entrega a favor da humanidade, pelo seu santíssimo Corpo e preciosíssimo Sangue nas espécies do pão e do vinho. Era uma ceia judaica e se aproximava a festa da Páscoa dos judeus.
 A atitude de Nosso Senhor nos revela um Deus amoroso e sempre presente na vida e na história de seu povo. Ele perpetua sua presença entre nós, pela Eucaristia, instituindo também o sacerdócio ministerial ao ordenar que se celebre sempre aquela ceia em sua memória (cf. I Cor 11,24-25). Através dos sinais sacramentais perpetuados em nosso meio, portanto, celebramos também o seu Mistério Pascal.


SEXTA FEIRA SANTA
Às 15h, ou noutro horário oportuno, a Igreja realiza a Liturgia da Paixão do Senhor. Neste dia, não se celebra missa em lugar algum, mas ocorre a celebração onde meditamos as dores e morte de Nosso Senhor. Parece que o termo “comemorar” se relaciona a festas alegres, mas não podemos deixar de comemorar o resgate da aliança com Deus através do sacrifício da Cruz. Este acontecimento nos prepara para as alegrias pascais; dessa forma, já celebramos a Páscoa do Senhor. A Igreja prescreve dia de jejum e abstinência de carne.  No mistério da cruz somos convidados a fazer um verdadeiro exame de consciência em nossas vidas.


SÁBADO DE ALELUIA
Após vivermos a Páscoa da Ceia (na Quinta-Feira Santa) e a Páscoa da Cruz (na Sexta-Feira da Paixão), a Igreja nos insere na grande noite, na Páscoa da Luz, que é o próprio Cristo vivo e ressuscitado em nosso meio.
No Sábado Santo, ao contrário do que muitos pensam, não existe celebração da missa. É o dia em que a Igreja permanece silenciosa junto ao Santo Sepulcro do Senhor, meditando seu ato salvífico manifestado na dor da Cruz, onde se doou em favor de muitos.
Ao anoitecer, porém, a Igreja celebra a Vigília Pascal que por antiquíssima tradição é “a noite de vigília em honra do Senhor” (cf. Ex 12,42). Como bem nos lembrava Santo Agostinho, esta é “a noite santa e mãe de todas as vigílias cristãs”.

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