Ao propor como tema da Campanha da Fraternidade deste ano a
situação da saúde pública, a Igreja assume o seu dever de defender e promover a
vida. Para que isso aconteça, ela convida os cristãos e todas as
pessoas de boa vontade a olhar para a realidade da saúde no Brasil, com o
objetivo de melhorá-la.
“Promover ampla discussão sobre a realidade da saúde no
Brasil e das políticas públicas da área, para contribuir na qualificação, no
fortalecimento e na consolidação do SISTEMA ÚNICO DE SAUDE- SUS – em vista da
melhoria da qualidade dos serviços, do acesso e da vida da população”, é o
objetivo geral que a CNBB propõe com esta CF.
É dever da União, dos Estados e dos Munícipios investir na
saúde pública, tanto prevenindo como tratando as doenças. A saúde, contudo, não
é apenas uma questão de dinheiro, mas também de educação do povo e de formação
adequada dos agentes de saúde, do enfermeiro, do médico. Em muitos hospitais há
equipamentos modernos, que custaram uma fortuna, mas que ninguém sabe usar. Há
também profissionais da saúde que são verdadeiros mercenários: eles fazem da
doença alheia uma fonte de enriquecimento. Para eles, ética e dignidade humana não
existem: vendem atestados falsos, abortam, excluem o pobre em detrimento do
rico e por ai afora. Não podemos calar, pelo contrário, precisamos unir
nossas forças para enfrentar o grande mal que assola o nosso país: a CORRUPÇÃO!
Ouvimos quase todos os dias nos noticiários que verbas
destinadas à educação, à arte e a saúde, por exemplo, não chegam ao seu
destino, mas acabam nas contas bancárias de políticos e outros.
Quando chega é um resto; grande parte fica pelo caminho. A impunidade estimula
o roubo. Não faltam leis que inibam a corrupção; o que falta é aplicá-las. E é
sempre necessário lembrar que muitos dos corruptos e corrompidos se dizem
cristãos.
“...lavai-vos, purificai-vos. Tirai vossas más ações de
diante de meus olhos. Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem.”
(Is.1,15-17).
Filas quilométricas desde a madrugada, consultas
“milagrosamente” realizadas em minutos, exames marcados para meses apesar da
gravidade da doença, remédios imprescindíveis que os postos nunca tem, horas e
até dias numa maca nos corredores de hospitais...e, em todas as campanhas
eleitorais, nos são são feitas promessas de um novo paraíso, com educação,
saúde e vida digna a todo o povo brasileiro!
Vamos rezar sim, mas também nos comprometer a lutar por
saúde de qualidade e para todos!.
O meu abraço e boa continuação de quaresma aos nossos
leitores- veja o que você pode fazer! Inicie participando ativamente das
reuniões dos Conselhos Municipais da Saude mensais em sua cidade.
Ir.Marlene
A Ribeiro
Irmãs de Santa Ana
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